Estamos acostumadas a ser tantas que fica difícil saber quem estamos sendo agora. Quantas vezes já cortamos nosso verdadeiro traço para caber no rabisco do mercado ou no esboço de uma sociedade padrão? Ser o máximo de si mesma é um luxo que poucas de nós conhecemos, mas não deve ser assim. No filme "O Diabo Veste Prada", a luta para ter sucesso na carreira e na vida é uma batalha que nunca termina. Nessa disputa, algumas mulheres estão subindo de elevador enquanto a maioria só tem a escada como opção. 

A história do "O Diabo Veste Prada" continua sendo atual 

Andy (interpretada pela atriz Anne Hathaway) é uma jovem recém formada que consegue um emprego na renomada "Runway Magazine", a revista de moda mais importante da típica Nova York dos sonhos. Trabalhando como assistente da editora-chefe, a temida Miranda Priestly (vivida pela atriz Meryl Streep), Andy é jogada em um mundo afiado e sair inteira não será tão fácil. Ainda que seja um cargo cobiçado por muitas garotas, Andy não demora muito para perceber o preço que pagará para ser uma assistente modelo, perfeita e 100% adequada aos padrões estipulados pela Miranda.

Quanto custa o tão sonhado sucesso?

Estreado em 2006, o legado do filme "O Diabo Veste Prada" continua intacto até hoje, quase 20 anos depois. Qual o motivo desse feito? Mostrar que luxo e sucesso custam muito, mas na maioria das vezes, você não paga o preço só com dinheiro, mas com tempo, ou seja, com a sua vida. A protagonista Andy sente na pele o débito daquele trabalho e percebe que crescer no lugar errado, sempre diminui ou anula o nosso maior diferencial. A máscara virou o mapa do mundo, sem ela, alguns acreditam ser impossível alcançar o luxo, conquistar status e possuir aquele sucesso cinematográfico.

Então se repete a mesma cena: sorriso em público, mas lágrimas no privado. Segurança lá fora, mas um misto de medo e auto cobrança aqui dentro. A trama do "O Diabo Veste Prada" só colocou na tela aquilo que é vivido nos bastidores. Andy não se torna uma namorada ruim por se dedicar ao trabalho, ela é mais uma pessoa incrível tentando fazer tudo para todos e quase nada para si mesma. Eu amo esse filme, mas só agora entendo suas camadas e críticas. Essa é aquele tipo de história que deixa marcas e toda vez que assistimos mudamos algo em nós. Porque não é sobre usar Prada ou nenhuma outra marca, é sobre decidir entre usar máscaras ou nossa verdadeira identidade.

Assista o filme "O Diabo Veste Prada" no Disney+
Em 2026 teremos o segundo filme desse sucesso!

O tempo é um presente que temos, mas não para sempre. Então o que resta é viver o tempo de agora, porque só nele é possível fincar toda nossa certeza e presença. "Sussurros do Coração" é uma animação do Studio Ghibli que retrata de forma simples e delicada a relação entre tempo e vida, sonho e amor, presente e futuro. Nesse filme, cada cena é uma estrada que nos leva de volta para casa e ao longo desse retorno, encontramos nosso verdadeiro ritmo para não ser refém de uma vida sem sentido. 

Quando o coração sussurra amores e sonhos

A história da animação "Sussurros do Coração" tem como protagonista a sonhadora Shizuku, uma jovem apaixonada por boas histórias. Em uma de suas idas a biblioteca, ela percebe que todos os livros que pegou emprestado, já foram lidos por uma mesma pessoa: Seiji Amasawa. Shizuku ainda não sabe, mas o garoto que ela rotula como irritante e chato, na verdade é o seu "Príncipe dos Livros". A descoberta irá conectar os dois: ela sem um caminho definido e ele com um caminho todo programado. A pergunta que fica é: planejar cada detalhe do futuro é o melhor jeito de viver o presente?

Encare o tempo como um livro de uma biblioteca, estamos com ele, mas ele não é nosso. Assim é o tempo da vida, um lar temporário e um ganho que depois a gente perde. Ele não tem preço, mas vale tudo e sem ele, não resta mais nada. Tempo é casa que não se pode morar para sempre. E na animação "Sussurros do Coração", a vida boa é aquela que aproveita cada minuto do hoje da forma certa: escutando tudo que o coração diz. 

Assistir essa história é receber um abraço de uma arte que sabe como plantar encanto e otimismo em quem somos, mesmo quando ninguém está olhando. "Sussurros do Coração" nos ensina a viver escutando a vida e notando o tempo das estações. Com sutileza e honestidade, essa animação mostra que há tempo e espaço para tudo: falar e calar, avançar e recuar, gritar e sussurrar. Você só tem que aprender a ouvir e sentir para só depois falar e fazer o que de fato precisa ser feito e dito.

Ghibli Fest: 22 filmes do Studio Ghibli nos cinemas brasileiros

Para celebrar os 40 anos do fantástico universo do Studio Ghibli, a Sato Company entregará ao público do Brasil a primeira edição do Ghibli Fest com a exibição de 22 filmes nos cinemas brasileiros, incluindo versões dubladas e legendadas. O festival começa dia 18 de setembro e promete ser uma temporada incrível. Confira a lista completa dos títulos que estarão em cartaz, com direito a um dos meus favoritos: "Sussurros do Coração". 

• O Conto da Princesa Kaguya 

• Princesa Mononoke 

• O Castelo Animado 

• O Serviço de Entregas da Kiki 

• Vidas ao Vento 

• As Memórias de Marnie 

• Túmulo dos Vagalumes 

• Contos de Terramar 

• O Mundo dos Pequeninos 

• Da Colina Kokuriko 

• Sussurros do Coração 

• Meu Amigo Totoro 

• Ponyo 

• O Castelo no Céu 

• Nausicaa do Vale do Vento 

• O Reino dos Gatos 

• Eu Posso Ouvir o Oceano 

• Memórias de Ontem 

• PomPoko: A Grande Batalha dos Guaxinins 

• Meus Vizinhos os Yamadas 

• Porco Rosso: O Último Herói 

• Romântico A Viagem de Chihiro

Levar a vida no automático é o traço mais triste da nossa geração. Fazer mais por obrigação e menos por amor é uma normalidade estranha. Em "Lost In Starlight", primeira animação sul-coreana produzida pela Netflix, temos dois protagonistas lidando com uma verdade recém descoberta: uma vida sem um caminho sincero é uma vida falsa e perdida. Escolher ir ou ficar, desistir ou continuar, tudo é uma questão de saber o real motivo de falar sim ou de dizer não. Durante dias e noites, a história de "Lost In Starlight" nos pega pela mão e nos leva ao encontro dos que estão perdidos. Você é um deles?

  

"Lost in Starlight" é uma animação para os sonhadores

Nan-young (dublada pela atriz Kim Tae-ri) é uma astronauta que sonha em concluir a viagem espacial da sua mãe. Pisar em Marte é algo que ela deseja fazer por si e por ela. Depois de não passar no psicotécnico, Nan-young viaja para Seoul e tira uma semana de folga. Nesse período, ela conhece Jay (dublado pelo ator Hong Kyung), um músico que desistiu da música e hoje conserta instrumentos retrô. Sem saber que um seria o virar de página do outro, Nan-young e Jay saltam juntos em um amor que mais parece um guarda-chuva em pleno inverno. Servindo de abrigo para que o público espere o clima melhorar, "Lost In Starlight" é uma boa animação para quem é fascinado por romances bem escritos e com cenas delicadamente produzidas.

"Lost in Starlight" mostra uma Coreia do Sul diferente

Em uma Seoul futurista e sufocada pela tecnologia, Jay conserva em si um encanto genuíno por aquilo que é físico e emotivo. Para ele, uma tarde ouvindo sua coleção de vinil é melhor do que qualquer playlist digital. Nan-young, por outro lado, vive imersa no universo das tecnologias. O amor entre opostos foge de qualquer clichê porque "Lost In Starlight" soube como inovar. Gradualmente, público e protagonistas começam a sentir o lado bom de uma vida fora do automático. A autenticidade ganhou status de rara porque nos acostumamos a mostrar mais do que é comum e menos do que realmente somos. Estamos caminhando sem direção própria e chegando todos em futuros copiados, frios e tristes. Mas há tempo para mudar isso?

"Lost in Starlight" é a melhor surpresa de 2025

Nan-young e Jay estão perdidos por motivos diferentes, mas compartilham a mesma vontade de encontrar uma estrada na qual possam viver uma caminhada com sentido certo. O romance da animação "Lost In Starlight" levanta um tópico importante, mas ignorado por muitos de nós: o tempo cobra cada minuto, então pague o custo vivendo como realmente deseja. Confiar em si é um ato de coragem que não pode ser colocado na mão de outra pessoa. Na vida real, ninguém consegue salvar ninguém antes de salvar a si mesmo primeiro. Fazer o que te emociona é uma forma de salvação. 

Depois de "Lost in Starlight" você não sente como antes

Encontrar um novo amor é como recuperar o fôlego em pleno mergulho profundo na vida. Foi assim que Nan-young e Jay voltaram a respirar confiantes mesmo em momentos de medos, incertezas e separações. O amor em "Lost In Starlight" conecta duas pessoas sem que nenhuma delas exclua quem é para fazer parte da vida da outra. Nan-young e Jay são um belo exemplo do quanto o amor é capaz de nos libertar. Então ame, ame seus sonhos e quem faz a jornada até eles ser mais linda que qualquer viagem espacial. 

"Lost in Starlight" é o primeiro filme de animação sul-coreana produzido pela Netflix.

#LosInStarlight #filmecoreano #romance #animação #filmes2025

A vida não é uma peça repetida. Temos um minuto depois do outro, mas nenhum foi ou será como o de antes. O sol se põe todo dia, mas nunca da mesma forma. Então como explicar a mania de vestir a vida com ideias tão requentadas e sem causa? Em um mundo cheio de opções e caminhos, por que se apertar para caber em medidas e esquinas tão diferentes daquelas que realmente combina com quem somos?

Não percorra o caminho de outra pessoa. Andar em fila só te levará para um destino ralo. Do que adianta correr e acabar perdendo a paisagem do trajeto? Tudo isso para acompanhar a velocidade ou os passos de alguém? O mundo não vai a lugar nenhum, mas nós sim, então que seja respeitando nosso próprio ritmo e direção. Aproveite o dia, mas ao seu modo. Faça sua vida ser algo teu e extraordinário. 

O filme "Sociedade dos Poetas Mortos" conta a história do John Keating (interpretado pelo ator Robin Williams) que retorna ao seu antigo colégio, mas agora como professor. Decidido a mostrar o lado real da poesia aos seus alunos, filhos pressionados por pais consevadores e uma educação tradicional, ele compartilha com os meninos o universo poético que poucos aceitam conhecer.

A Sociedade dos Poetas Mortos ainda vive e espera que no lugar de sobreviver, cada um de nós escolha viver de verdade. Não é fácil e não há promessa de um caminho sem pedras ou buracos. Mas a emoção de virar páginas e se aventurar em novas histórias nunca perderá seu encanto. A vida é poesia esperando para ser escrita e sentida. Qual é o teu verso?

O filme “Sociedade dos Poetas Mortos”, mesmo depois de 35 anos, ainda desperta em nós aquela urgência por viver intensamente cada segundo da nossa vida. Uma obra atemporal que reverbera poesia por todos os lados, cenas e diálogos. Como um filme de 1989 pode soar tão atual em 2024? No fundo, acredito que seja por tratar de um sentimento comum: o de descobrir quem se é e decidir ser até o fim.

Essa escolha nunca respirou a pretensão de ser simples ou tranquila. Não se trata de pura ousadia, mas é uma coragem estrondosa. Sempre que revejo o longa “Sociedade dos Poetas Mortos” nunca termino do mesmo jeito que comecei. Mudo ao longo do filme assim como mudo entre as manhãs e noites. Gosto de ter essa capacidade humana de atravessar o tempo por conta própria e conhecer as novas fases de mim mesma.

Durante o filme “Sociedade dos Poetas Mortos” acompanhamos o processo de descoberta de alunos conhecendo o passado do professor John e com isso, aprendendo mais sobre a existência, a poesia e sobre si mesmo. Com roteiro questionador e poeticamente reflexivo, essa trama conforta na mesma medida que nos convida a questionar quem somos e por qual motivo somos.

Gosto da ideia que viver esperando é esperar sem viver. Então desejo que você viva mais e espere menos. Escreva seu verso. Somos a palavra que falta nesse universo louco e repleto de versos prontos para acontecer. Então aconteça. Aconteça com toda essa poesia e potência guardada. Tua força não é tímida, só precisa ser ouvida e ganhar o mundo. Acredite na poesia, na beleza livre da vida e em você.

“Fui para os bosques viver de livre vontade

e sugar todo o tutano da vida…”

“Para destruir tudo aquilo que não era vida,

e para, quando morrer, não descobrir que não vivi!”

Assista o filme "Sociedade dos Poetas Mortos" na Disney!