Nem eu conheço todos os cômodos da casa que me tornei


Nem eu conheço todos os cômodos da casa que me tornei poesia


Eu moro em mim.
Minhas paredes de pele é tudo que tenho.


Nem eu conheço todos os cômodos do lar que me tornei.
Ainda vivo desvendando o mundo de dentro para saber lidar com o mundo de fora.


Sei que amar e ser amado exige mais coragem que talento,
porque o amor nos faz abrir a porta e deixa alguém nos olhar por dentro.


Já a paixão é campainha doce, inquieta e temporária.
Mas meu coração nunca será uma sala de visitas,
ele é sala de estar, daquelas que só fica quem merece morar.


Revelar para alguém tudo que guardo em minhas paredes e histórias
não é uma decisão fácil porque meus tijolos são muito valiosos.


Sou um casulo cheio de segredos, sonhos e roteiros.
E existem quartos que só eu posso ficar ou visitar.


Guardo em mim tanto, mas não sou do tipo que entrega facilmente.
Acho que viver é sobre decidir quem entra e sai da vida que me cerca.


E sou morada egoísta demais para me deixar ser 100% vista.
Gosto de ser a única que conhece a maioria das minhas partes.

Sou pura ventania, inquietude e teimosia.
Teimo até que toda minha alma vire arte e minha vida vire poesia.

Escrevo porque preciso do ar das palavras.
Boas histórias me deixam respirar feliz e aqueCida.

BOAS HISTÓRIAS PARA AQUECER SUA VIDA

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