No ano de 2020, eu virava as páginas do livro “O Diário de Anne Frank” e no final de cada parágrafo, eu repetia a mesma pergunta: como os países deixaram isso acontecer? Hoje, em pleno 2025, a resposta revolta. No passado e agora, a justiça do mundo só tinha olhos para um único lado, o de maior saldo bancário. Há quem paga para controlar os direitos de todos, há quem morreu tentando proteger o seu único direito à vida. A história vai cobrar o preço da morte de tantos inocentes. Livros, documentários e páginas na web irão eternizar a omissão de uma geração que assistiu um genocídio em tempo real. No futuro, estudantes e leitores irão se perguntar: como deixaram o Holocausto Palestino acontecer?

Estamos falhando com a Palestina 

Hoje falhamos com a Palestina da mesma forma que falhamos com as vítimas do Nazismo. Estamos errando mais uma vez com a humanidade. Crianças, mulheres e homens civis perdem seu bem de maior valor, a vida, enquanto países miram o lucro fruto de guerras, xenofobia e ganância. Olhar para parte do mundo ocupando ruas e praças ao pedir paz e liberdade para a Palestina, reanima em mim um pouco de esperança. Não temos ideia do poder que emana do povo ativo e empático. Quando vamos encerrar a revolta silenciosa e começar a gritar juntos? Muitos de nós ainda estão inseguros e acreditando que podemos pouco, mas a solução real vem da união global. 

O mundo precisa ajudar os palestinos

O grito que guardamos pode salvar vidas. Quando juntos somos imensos, alcançamos mais, no entanto, a maioria de nós segue calado, sozinho e parado. Acredito que a coragem só chega quando notamos que apesar de separados, ainda podemos responder coletivamente e organizados. Viver de forma consciente e socialmente justa é ser parte do grito porque o silêncio só favorece quem lucra com a violência. Então seja parte do conjunto de vozes que fala em nome de quem está cansado de gritar sozinho. As crianças palestinas são as novas vítimas de uma insjutiça antiga. Sempre que Gaza é atacada, os direitos humanos também são e com isso, a história se repete de forma cruel mais uma vez. 

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Foto: Mohammed Abubakr